sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Coisa estranha

De tanto levá frechada do teu olhar
Meu peito até parece sabe o que?
Taubua de tiro ao álvaro
Não tem mais onde furá

Teu olhar mata mais do que bala de carabina
Que veneno estriquinina
Que pexeira de baiano
Teu olhar mata mais que atropelamento de automover
Mata mais que bala de revorver

(Adoniran Barbosa e Oswaldo Moles)


Coisa estranha é o morrer para si não significar morte e o viver para si não significar vida!

Coisa estranha é o paradoxo da morte que significa vida (a morte do grão de trigo) e da vida para si que significa morte (o ramo que pensa ser a causa de seus frutos).

Coisa estranha e loucura para o mundo que só pela via do amor seja possível experimentar essa morte que gera vida.

Coisa estranha que sem amor ainda que se viva se viverá como morto!


Se é possível ser um defunto na vida quanto mais será possível na morte!

Todavia aquele que, sabendo-se limitado, crê no Ilimitado e o enxerga nEle que foi Ilimitado sendo limitado, ainda que morra viverá!


hugo



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