segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A culpa, a consciência e o cínico!

É certo que há um senso coletivo de culpa.
Não apenas a que é sentimento religioso, que é fruto de perceber-se imperfeito diante de uma divindade a quem se atribui a perfeição.
Existe essa também. Mas falo da culpa aqui no chão da nossa terra e que afeta a todos, incluindo ateus e céticos.
A culpa essencial e necessária para que o homem não se bestialize.
Quando isso morre no indivíduo, então a sua bestialização se estabelece!

É certo também que, em um mesmo pacote estão as percepções de si e as que se tem do outro. São farinhas do mesmo saco!
O indivíduo que não sabe onde é o seu fim, considera que tudo é ele mesmo. E ai o outro não existe!

Como haverei de perceber que ali começa outra pessoa se nem mesmo sei onde termino eu?

A consequência inevitável de seguir ignorando o diferente é desenvolver a ignorância sobre si mesmo.
O inverso também é verdade:
A consequência inevitável de seguir ignorando a si mesmo é desenvolver a ignorância sobre o diferente.

Qual a relação entre "culpa" e "a consciência que percebe aquele que não sou eu"???

O cínico é aquele em quem essas duas coisas não existem mais!

Pense nisso

--
no Caminho,


hugo
28/11/08

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