terça-feira, 3 de novembro de 2009

Piaget e o ladrão na cruz

Para Piaget a tomada de consciência é brusca, mas a transformação da estrutura é lenta.
A transformação: um trabalho prévio, subterrâneo.
A tomada de consciência: súbita....buuuuuuuum...subitamente a pessoa enxerga a estrutura transformada.

No que diz respeito à consciência da ação ele diz que "...a tomada de consciência é a reconstituição conceitual do que tem feito a ação (...) A tomada de consciência é a interpretação e a explicação da ação. Na própria ação, a compreensão está centralizada sobre o objeto e não sobre os mecanismos que permitiram atingi-lo." Dai a ação não ser necessariamente consciente.

Ora, ai está o processo mental do ladrão na cruz que diz: "Estou aqui pagando pelos atos que cometi".
Tomada de consciência. Reconstituição conceitual do que tem feito a ação.
O outro ladrão é cínico. Cego de si.

Sem tomada de consciência o sujeito olha para Deus e diz: "Desce daí doido!"

Cego pra si, cego pra Deus.

"...miserável homem que sou."

hugo
18/09/09


1 comentários:

Ivo Fernandes 17 de março de 2010 às 11:18  

Muito bom mano.

De fato há dois momentos nesse processo de Ser-ir-sendo, e foi muito bem exposto nesse seu texto.

Abraços

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