quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Illich e a Carta aos Romanos...e "não-Romanos"

"A Igreja Romana constitui a mais vasta burocracia não-governamental de todo o mundo. Emprega 1.800.000 funcionários em regime de tempo integral: sacerdotes, frades, freiras e leigos. Estes funcionários trabalham dentro de uma estrutura empresarial que uma firma americana de consultores empresariais classificou como uma das organizações mais eficientemente dirigidas em todo o mundo. A Igreja institucional opera em bases semelhantes às da General Motors Company ou do Chase Manhattan Bank. Este fato é, por vezes, admitido com orgulho. Para alguns, entretanto, esta eficiência de máquina parece reverter em desperdício para a Igreja. Há quem suspeite ter ela perdido toda a sua relevância para o Evangelho e para o mundo. Hesitação, dúvida e confusão reinam entre seus dirigentes, seus funcionários e seus empregados. Antes de cair, o gigante está começando a cambalear.

Parte do pessoal eclesiástico reage diante da perspectiva do colapso com angústia, dor e medo. Outros empreendem esforços heróicos e aceitam trágicos sacrifícios para evitá-lo. Outros, lamentando ou se regozijando, interpretam o fenômeno como um indício do desaparecimento da própria Igreja Romana. Em minha opinião, deveríamos acolher o desaparecimento da burocracia institucional com um espírito de profunda alegria." *

Ivan Illich em 1959 (publicado em 1967).

Ai a Igreja (que pensa) que não é Romana, lê isso e pensa que não é com ela...também!

* o negrito é meu

hugo theophilo


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