terça-feira, 28 de agosto de 2012

Zé, com crise de fé

Zé, procure perceber que fiz aquelas perguntas por ter identificado que o seu entendimento sobre esses termos está condicionado ao conteúdo que lhe ensinaram na chamada igreja!  Eu poderia ficar lhe fazendo perguntas até que isso ficasse bem claro nas suas respostas. Até que você percebesse por si, enquanto responde, que suas questões não têm a ver com o Evangelho mesmo, com Deus mesmo, com a Obra de Deus mesmo, com o Serviço mesmo, com a Vontade do Pai mesmo...e sim apenas com o que lhe disseram que são essas coisas. Eu não preciso continuar a lhe fazer perguntas. Eu não precisaria nem das suas respostas! A suas perguntas já dizem tudo. A sua crise é mais comum do que você pensa e só entra nela quem dá a esses termos os significados atribuidos pela religião. Eu já tive a sua crise...eu e a torcida do flamengo (rsrs). O que aconteceu com você, comigo e com todos os que passaram por isso, foi que em certo momento nos deparamos com um universo de significados que fizeram sentido para nós, que entraram em nós com o rótulo de verdade e que acolhemos no coração. Porém, é mais do que natural que à medida em que vamos vivendo e nos deparando com a vida que acontece fora dos muros protegidos da religião, vamos percebendo que esse conjunto de significados não fazem tanto sentido assim. Veja, olhe pra dentro. A sua crise nada mais é do que o bom senso dizendo "Ei, eu estou aqui!". No fundo algo lhe diz que tem alguma coisa errada, e como descartamos que o problema está no aparelho religioso (pois ele se apresenta como algo sagrado e intocável), então o que nos sobra para culpar somos nós!

Inicialmente é isso o que tenho para lhe dizer. Sei que se você tiver embarcado na onda de defender aquele conjunto de verdade que está em crise, não passará daqui, ou terá chegado até aqui com muita resistência. No entanto se você estiver atrás daquilo que Paulo chamou de revisão mental alegre e constante, suponho que você seguirá reavaliando suas crenças, submetendo suas crenças ao Deus da Vida e não tentando submeter a Vida, e portanto Deus, a essas verdades que só fazem sentido entre quatro paredes, e olhe lá!


Mas seguindo (e crendo que não preciso mais lhe fazer perguntas para que você enxergue isso), você está chamando de "Boa Obra de Deus" o que se faz ou pode fazer dentro de uma instituição, mediado por ela. Você está amarrando a Boa obra de Deus a estruturas humanas. Você está chamando de comunidade o grupo que se reúne para manter uma instituição burocrática em funcionamento. Comunidade não é isso! Veja o que você está chamando de projeto para os jovens! Um mecanismo de manutenção da estrutura! Que pena, Zé! Que pena! Estou tentando respoder suas questões na ordem de aparição dos termos, mas está difícil. Temo que não esteja adiantando dizer essas coisas.

Faça assim, ore para que Deus lhe dê sabedoria. Para que você tenha discernimento sobre o que é Vida e o que não é Vida...e para que você consiga deixar que esse discernimento venha de Jesus e não da religião.

Estou deixando aqui link para alguns vídeos que me ajudaram em tempos de crise.

Espero que façam bem. --> http://vimeo.com/hugotheophilo

abraço e qualquer coisa estou por aqui


hugo


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