Nazareno: concretude necessária II
O imenso encantamento do Meio Divino deve, definitivamente, todo seu valor concreto ao contato humano-divino que se revelou na Epifania de Jesus. Supressa a realidade histórica do Cristo, a onipresença divina, que nos embriaga, torna-se semelhante a todos os outros sonhos da metafísica: incerta, vaga, convencional, sem controle experimental decisivo para impor-se aos nossos espíritos, sem diretrizes para as nossas vidas assimilarem. Desde então, por mais deslumbrante que sejam os crescimentos que em um instante tentamos discernir no divino Ressuscitado, seu encanto e sua textura de realidade permanecerão sempre (de)pendentes da verdade palpável e controlável do acontecimento evangélico. O Cristo místico, o Cristo universal de São Paulo somente pode ter sentido e preço a nossos olhos como uma expansão do Cristo nascido de Maria e morto na cruz. Deste Cristo (nascido e morto), aquele (o Cristo místico) tira essencialmente sua qualidade fundamental de ser incontestável e concreto.
Teilhard de Chardin
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Veja também:
Nazareno: concretude necessária! http://goo.gl/CfApZ
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