domingo, 7 de agosto de 2011

Monopólio radical

"Quando o automóvel torna puramente nominal o direito de caminhar — não se trata já de existirem ou não em circulação mais Chevrolets que Peugeots —, surge o monopólio radical. Que as pessoas se vejam obrigadas a fazer-se transportar e se tornem impotentes para circular sem motor, isto é monopólio radical.

Existe monopólio radical quando a ferramenta programada despoja o indivíduo da sua possibilidade de fazer. Este domínio da ferramenta instaura o consumo obrigatório limitando com isso a autonomia da pessoa.

É difícil livrarmo-nos do monopólio quando ele já congelou a forma do mundo físico, ancilosou o comportamento e mutilou a imaginação. Quando se descobre o monopólio radical, é já, em geral, demasiado tarde."

Ivan Illich


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