quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Andava só

Andava só.

Tentaram fazer com que tivesse companhia, com que ouvisse alguém, que se abrisse para outras possibilidades...tudo em vão. Preferia a solidão das suas convicções, a religião da afirmação incessante de si, o trono pagão da divindade chamada Identidade — que exige sacrifícios de todo aquele que possa ser chamado de outro.

Não suportava o conflito, a contrariedade. Por mais que tivesse gente ao redor, e sempre tinha, era gente que só afirmava as crenças que tinha acerca de si. Assim, havia excluído a possibilidade do confronto, portanto andava só.



hugo l. theophilo


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