Elas entram primeiro
Ela vende o corpo pra ganhar dinheiro. É doente mental e, nessa história, já tem 3 filhos de 3 homens diferentes que sequer sabe quem são. Todos os filhos doados.
Incomodado, fiquei pensando por que isso acontece. Não é uma pergunta teológica. Talvez sociológica (dependendo do que se entenda por sociologia). Por que uma pessoa fora dos padrões tem acesso tão fácil à prostituição? O que acontece? O que está envolvido? Por que uma pessoa como ela não cai, com a mesma facilidade, nos braços de uma comunidade que compartilha e produz saberes, conhecimento, arte...por que? Quando faço essas perguntas dou um tempo pra ver se a resposta vem...se alguém invisível me responde, já que pergunto em silêncio. Passei uns minutos sem respostas, mas logo começaram a chegar. Então, a partir daqui é psicografado...rsrs...já não sou eu, são as vozes. Pois é, eu ouço vozes!
O sexo é uma das poucas manifestações da vida que não foi completamente capturada, institucionalizada, sistematizada, burocratizada. Quanto mais a vida está capturada em suas manifestações, menos alternativas livres restam para quem não tem capacidade de se submeter aos padrões, aos rostos (rostificação: o tal mecanismo de aprisionamento da vida). Quando tudo o que existe são rostos, o que sobra é a margem, aonde a vida consegue escapar: a rua, o sexo...o sexo na rua, por exemplo. Comunidade, produção de saber e de bem-viver não são manifestações livres. Existem sistemas de poder cujas existências já pressupõem o controle da vida. Estado e Religião são dois (há quem diga que são um só!). Seus funcionários culpam aquela moça sem se darem conta de que trabalham para a indústria que produz aquela situação. Vivem de dizer que a moça é culpada pela vida que leva e vivem de oferecer seus produtos como solução para o problema que criam. Talvez por isso Jesus tenha dito que, no Reino de Deus, moças como aquela entram primeiro do que esses funcionários.
Incomodado, fiquei pensando por que isso acontece. Não é uma pergunta teológica. Talvez sociológica (dependendo do que se entenda por sociologia). Por que uma pessoa fora dos padrões tem acesso tão fácil à prostituição? O que acontece? O que está envolvido? Por que uma pessoa como ela não cai, com a mesma facilidade, nos braços de uma comunidade que compartilha e produz saberes, conhecimento, arte...por que? Quando faço essas perguntas dou um tempo pra ver se a resposta vem...se alguém invisível me responde, já que pergunto em silêncio. Passei uns minutos sem respostas, mas logo começaram a chegar. Então, a partir daqui é psicografado...rsrs...já não sou eu, são as vozes. Pois é, eu ouço vozes!
O sexo é uma das poucas manifestações da vida que não foi completamente capturada, institucionalizada, sistematizada, burocratizada. Quanto mais a vida está capturada em suas manifestações, menos alternativas livres restam para quem não tem capacidade de se submeter aos padrões, aos rostos (rostificação: o tal mecanismo de aprisionamento da vida). Quando tudo o que existe são rostos, o que sobra é a margem, aonde a vida consegue escapar: a rua, o sexo...o sexo na rua, por exemplo. Comunidade, produção de saber e de bem-viver não são manifestações livres. Existem sistemas de poder cujas existências já pressupõem o controle da vida. Estado e Religião são dois (há quem diga que são um só!). Seus funcionários culpam aquela moça sem se darem conta de que trabalham para a indústria que produz aquela situação. Vivem de dizer que a moça é culpada pela vida que leva e vivem de oferecer seus produtos como solução para o problema que criam. Talvez por isso Jesus tenha dito que, no Reino de Deus, moças como aquela entram primeiro do que esses funcionários.
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hugo lucena theophilo
http://hugotheophilo.blogspot.com
"Cada um de nós, e cada um dos grupos em cujo seio vivemos e trabalhamos, deve se tornar o protótipo da era que desejamos criar." - Ivan Illich
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